Vista
do alto a cidade não histórica – para quem a década de setenta ainda não seja
História – perde as referências quotidianas, a identidade nacional, os rostos,
a sinalética e a língua porque, visto do ar, a malha urbana evoca laivos de outros
locais, uma mesma época que atravessou a Europa, de longos e monótonos blocos
de apartamentos, monólitos com janelas geometricamente escavadas que denunciam
o prosaico êxodo rural da era dos serviços.
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